terça-feira, março 24

QUE TIPO DE CICLISTA VOCÊ É?

Na falta de coisa melhor para escrever, inauguro aqui a série “Que Tipo de Ciclista Você É?”. Ciclista é igual vira-lata: tem diferente a cada esquina, um mais esquisito que o outro. Mas sempre é possível agrupá-los em raças, digo, em tipos. Você já sabe a que grupo pertence? Então veja abaixo.

Mas se você conhece alguma ‘espécie’ de ciclista que não foi contemplada aqui no “Diário de Uma Mulher de Ciclos”, mande sua sugestão (com foto da aberração, claro). Se a Mulher de Ciclos aprovar, ela vai publicar no brogue. Não sei quando, nada posso garantir, ela é muito temperamental. Fotos para o i-1/2 nova.jornalista@gmail.com e reclamações para o SAC do “Diário de Uma Mulher de Ciclos”: 0800-70-70-E-N-Ã-O-C-O-N-S-E-G-U-E.

Ciclista-Formiguinha. Você consegue ver um montão deles subindo a montanha? Não? Então põe os óculos, seu cegueta. Ou clica na imagem, que ela aumenta.



Ciclista-171. É aquele que fala que vai a Aparecida em um dia e conta façanhas inacreditáveis. Exemplo: você acha que esses ciclistas aí subiram a serra de Teresópolis pedalando? Ah, não, nada disso, eles contaram com uma ajudinha. O “Diário de Uma Mulher de Ciclos” conseguiu com exclusividade uma prova da farsa. Veja só.



Ciclista-do-pé-sujo. Que mané botinha para proteger a sapatilha, que nada. Sapatilha boa é sapatilha suja. Quanto mais suja, melhor.



Zen-Ciclista. Meditar durante o pedal é possível? Não sei, pergunta ao zen-ciclista da foto. Ele consegue.



Ciclista-Sub-Aquático. Ciclista bom é ciclista até debaixo d’água.



Ciclista-Suíno. É o ciclista que chafurda na lama.



Ciclista-Atolado. É o ciclista que pedala, pedala, mas não sai do lugar. Essa aí atolou numa zorêia.



Ciclista-Karateka. É o ciclista que espanta os outros enquanto pedala. Só se aventure a pedalar na Av. Brasil acompanhado por um deste.



Ciclista-Tarado. Esse é um dos piores tipos. Não pode ver uma bicicletinha que já vai montando.



Ciclista-Bailarina. Esse tipo alonga de uma forma meio esquisita, meio se contorcendo, meio dançando, principalmente em locais públicos, para horror ou deleite (?) das ‘pessoas normais’.



Ciclista-Gabiru. Ciclista galã, que conquista todas as mulheres com seu charme, principalmente aquelas de beira de estrada.



Ciclista-Flintstone. É amigo do Barney e do Fred, adepto das rodas de madeira de última geração, desenvolvidas especialmente pela Agência Espacial Russa.



Ciclista-Meio-Quilo. É a ciclista que se esqueceu de crescer: é tão pequena, tão pequena, que nem alcança o pedal.



Ciclista-Molengão. É aquele ciclista que dá vontade de esganar. Fica o tempo todo assim: “Já tá chegando? Ainda falta muito? Tá longe?”. Ou seja, um mala. Ainda na categoria ciclista-molengão, temos pequenas variações do mesmo tema sem sair do tom: é aquele que vai no pedal mas volta de carro, ou aquele que apela para o táxi no meio do caminho. Se a carapuça entrou, não se preocupe: quem nunca foi, é ou ainda será um ciclista-molengão algum dia.



Ciclista-Maratonista. É aquele ciclista que só por que corre aquelas corridas chaaaaatas das 1.473.219 estações da Adidas, acha que pode tirar onda com os outros e ao invés de ir pedalando, deixa a bike em casa e vai correndo. E o pior: ainda deixa os ciclistas para trás.



Ciclista-fora-d’água. Ciclista que só sabe ser ciclista, e que quando vai fazer alguma outra coisa, fica parecendo um ciclista fora d’água, digo, um peixe fora d’água.



Ciclista-Bisão. Só anda em manada e o que o um faz, todos fazem. Cuidado com eles: costumam ser perigosos e distribuir chifradas por aí.



Ciclista-Assombração. Habita os recônditos da Floresta da Tijuca e muitos deles se juntam para assustar ciclistas intrépidos, que se aventuram sozinhos por lá. Surgem de repente tal qual espectros (tipo Gasparzinho, sabem?) e puuuuf, somem, deixando apenas os capacetes.



Ciclista-Fada-Madrinha. Pedala com a vara de condão presa no capacete, para atender pedidos e socorrer ciclistas aflitos, antes que virem abóbora. Por causa das suas faixas esvoaçantes cor-de-rosa, os caminhoneiros costumam confundí-la (ou confundí-lo?) com Priscila, a Rainha do Deserto. Uma heresia.





Ciclista-de-Farmácia. Em suas andanças por aí (não me pergunte quando, não me pergunte onde) o brogue descobriu uma farmácia com o mesmo nome, o de batismo, da Mulher de Ciclos. Ora, que coisa. Falta de criatividade, humpf.



Ciclista-de-Ciclos. É a categoria da qual faz parte a Mulher de Ciclos. Faz aquele tipo que a família já está querendo internar quando você diz que domingo foi e voltou de Saquarema de bike, só pra almoçar em Jaconé. Os amigos perguntam se não dá para ao menos um fim-de-semana fazer um programa ‘normal’. E que no seu trabalho já se convenceram que você sofre de TOC (transtorno obssessivo-compulsivo) por magrelas.

Durante uma conversa, mantem um olho no interlocutor e outro em uma bike, que está passando lá na esquina da rua. E se deixarem, vai acabar morando dentro de uma roda. É irremediável, em estágio terminal: ou seja, você vai morrer com isso. Ou disso, ninguém sabe ao certo.

4 comentários:

  1. M-U-I-T-O B-O-M!!Chorei de rir lendo cada um, e principalmente revivendo os momentos!
    Não preciso nem dizer q me "identifiquei" com a Ciclista-bailarina! ;)

    Parabéns, seu blog está cada vez melhor.

    Abraços saudosos

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  2. Parabéns! Lindas imagens e textos idem! Faltou a categoria Ciclistas Muito Doidos! rsrsrsrs. Entretanto, estou incluído na categoria Zen... no meu caso, como costumo chamar, Cicloterapia!

    Abraços,
    Fábio

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  3. Parabéns pelo Blog Thaís, temos uma lista de ciclismo de longa distância, toda quinta-feira postamos o link preferido da semana, e desta vez o seu foi o nosso preferido!

    Você é mais uma que comprova a tese de que o ciclismo transcende!

    Abraços fraternais do escriba.

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  4. Oi Thais

    Muito legal o seu blog, seus textos, seus pontos de vista.

    Queria poder contar as histórias de pedal que você conta, mas a faculdade, o trabalho e alguns afazeres não me deixam ir além, mas eu m esforço.

    Vou te mandar uma imagem e depois você tipifica. rsrsr

    Vou fazer um esforço de ir à Fortaleza de Santa Cruz domingo.

    Então é isso, até a próxima e um grande abraço. (voltarei mais vezes)

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