quarta-feira, fevereiro 11

COMO VIREI CICLISTA: parte II

A evolução foi rápida. Depois de mais dois passeios leves, fui incentivada a tentar um de sábado, que era mais pesado. Era setembro, apenas uns quinze dias após o meu primeiro rolé com o grupo.



Itacoatiara. Pela primeira vez na vida, eu pegaria uma subida. Já no início, desesperei. O grupo disparou à minha frente, e eu fui ficando pra trás naquela ladeira interminável. Dois voltaram para me ‘escoltar’ e me dar apoio. A essa altura eu já quase chorava!



No finalzinho, fui empurrando. Mas cheguei lá. Ainda estava fisicamente abalada. Pouquíssimo tempo se passara desde que um papel mudara minha vida de forma taxativa. Descobri que sou celíaca.



Nada do que eu comia, poderia continuar a comer. Alimentos com trigo, aveia, cevada, centeio e lactose estavam terminantemente proibidos, ou seja, a maior parte do que existe por aí...

E eu sofria os efeitos de uma vida com glúten. Li que só depois de um ano sem ingerir o corpo se ‘desintoxica’ de verdade.

Nesse dia eu ainda sentia dores. Mas nãome importava, queria era seguir o grupo. Durante o dia, todos se esbaldaram. Sanduíche natural, pastel do tamanho de uma folha A4. Eu fiquei no picolé de uva e com as bolachas de arroz que levei comigo.



Ali percebi que teria uma dificuldade a mais para me tornar ciclista: sempre deveria levar comigo minha comida. E julguei bem. As poucas vezes que não o fiz, me arrependi. Como há dois dias atrás, em uma subida corriqueira pelas Paineiras.

Superestimei-me e o ‘prego de fome’ veio, me obrigando a comer alimentos proibidos e que vão trazer efeitos colaterais por pelo menos mais esta semana...

Aquele fim-de-semana também foi o começo do fim. Fim do meu casamento. Senti que seja lá o que for que o ciclismo despertou em mim, era irremediável. E percebi que dali para frente nada me faria abrir mão disso. Dessa vez seria diferente.

5 comentários:

  1. E vai dizer que os desafios (seja qual for) deixa a vida muito mais interessante?! Carpe Diem!

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  2. na minha primeira pedalada longa, os triathletas falaram pra mim: "come pao, come pao! na subida da grota funda voce ira precisar..." desde entao sempre que vou a guaratiba, como o mesmo sanduiche de pao com queijo e cocacola!

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  3. Valeu, li alguma coisa do seu "diário de bordo" sobre as cicloviagens... fico daki aberto para a troca de idéias.
    Abçs
    Vanderson - Curitiba/PR

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  4. Olá Thaís!
    Bem legal o seu blog, gostei!
    Coloquei um link no meu:
    www.leonardoesch.blogspot.com

    Quando vieres pro Sul entra em contato!
    Boas pedaladas!
    Leonardo

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  5. Poxa! Muito legal a sua Historia. Parabéns e que você continue fazendo o que gosta!

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