sábado, abril 11

ITACOATIARA



O café da manhã teve gosto de Neosaldina. Dores no corpo durante toda a noite, principalmente nos braços e ombros, de tanta força que fiz para subir Bom Retiro by speed ontem.

No caminho para a Praça XV já fui encontrando gente, ou melhor, ciclistas. E no Terminal das Barcas, uma boa notícia: não precisaríamos pagar aquela absurda taxa extra para embarcar com as magrelas, que eles gostam de chamar de ‘bagagem’.



Éramos dez ao todo, incluindo os três atrasildos que nos fizeram pegar a barca das 7h30 e mais um de Nikity City. Partimos em direção às praias oceânicas de Niterói, com céu azul, sol brilhando e uma brisa gostosa.



Logo no início, ainda em Icaraí, pneu furado. Que resolve furar mais à frente de novo, com direito à uma sessão remenda-câmaras-de-ar. Um caco de vidro foi o culpado.



O grupo segue calmamente, sem pressa, conversando. Eu me sentia muito cansada, incrivelmente cansada. Sabia que deveria ter feito uma pausa: estava há seis dias pedalando direto e acordando muito cedo. Pedaladas com mais esforço, que eu não estava acostumada, ao andar na nova bicicleta.



Mas compensava: pedal para Itacoatiara tem um gostinho todo especial. Foi meu primeiro percurso ‘longo’, quando quis arriscar vôos mais altos. Era meu terceiro pedal com o grupo e a primeira vez que encarei uma subida na vida.



Se não fosse a pilha de Mr. Bond e o incentivo e escolta de Bob Pai e Letrado, meus fiéis escudeiros naquele dia, acho bem que eu teria jogado a magrela no mato e sentado no meio-fio em completo desalento para arrancar os cabelos, ao ver aqueles subidões se erguendo à minha frente.

Mas o melhor de tudo é que nesse dia tive o prazer de pedalar pela primeira vez com alguns ciclistas que se tornariam amigos especiais: Letrado e Bob Pai, Sylvia e Denise Mapa-Mundi. E neste dia também estava Otávio, que nos deu a alegria de revê-lo ontem no Bom Retiro já completamente recuperado e voltando a pedalar.



Então hoje resolvi levar o grupo para o mesmo quiosque daquela primeira e única vez. Ficamos sentados jogando conversa fora, enquanto alguns iam observar as ninfas da areia.



Na volta, fiz questão de parar embaixo da mesma árvore que parei outrora, mas dessa vez para esperar os que terminavam de subir. Nostálgica, eu? Será?



E hoje aquele descidão espetacular que não sei o nome teve um sabor diferente: com Leona (ou Leon?) tive que me controlar muito para não esquecer completamente os freios e deixá-la deslizar ao seu bel prazer.



Em um entroncamento movimentado de Niterói, já chegando a São Francisco, obstáculo à frente: um cavalo passeia pela pista, livre, leve e solto. Coisas de Nikity City?



O centro de Niterói para variar confuso e com trânsito intenso. Fomos em pares, ocupando a pista da direita e parando a cada sinal e cruzamento. De volta às barcas, missão cumprida.



Agora só me restava voltar para casa com aquele cansaço gostoso, comer bem e descansar, para me curar do porre de Guaraviton que tomei durante o dia. Durante o pedal tentaram me convencer que ele faz mal, mas não adiantou nada. Já tenho tantas restrições alimentares, o sal em excesso, a batatinha sabor carne assada e o Guaraviton estão terminantemente... liberados!

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