domingo, abril 26

GUARATIBA VIA ORLA



Guafanhoto perdeu a hora. Enquanto esperava por ele e Danoninho no pontal do Leblon, me diverti acordando incautos ciclistas que ficaram de preguição no domingo.

Depois que me entediei, fui dar voltinhas à lá speedeiro: Leblon e Arpoador, Arpoador e Leblon, Leblon e Arpoador, Arpoador e Leblon.



Era o primeiro trajeto mais longo de Danoninho, que tem pouca experiência em trânsito. Fomos escoltando-a pela Niemeyer, que estava tranquilinha aquela hora. De resto, se saiu muito bem nos seus primeiros 100 km.

Fomos parando, parando, parando, bebendo e comendo coisinhas pelo caminho. A idéia era ir até Tia Penha nos entupirmos de casquinhas de siri, pasteizinhos de camarão e outros quitutes de frutos do mar.

Na Macumba, pensei em deixá-los subir Prainha e Grumari sozinhos, e encontrá-los em Guaratiba, comigo indo por dentro. O trajeto seria bem mais fácil para mim, que estava de speed e não sabia se conseguiria subir as três íngremes serrinhas até Guaratiba sem marchas leves.



Mas já que estava no inferno, resolvi abraçar o capeta e seguir com eles mesmo. Fui na frente para fazer minhas 'experiências ciclísticas' com a speed. A subida para Prainha foi tranquila.

Mas quando chegou naquele trecho final da subida para Grumari, achei que fosse tombar de lado, igual uma jaca, de tão difícil que estava pedalar. A marcha era tão pesada para subir aquela última paredinha que eu nem conseguia girar o pedal. O jeito foi pedalar em pé mesmo, e de novo, achei que fosse estourar igual um balão de tanta força que fiz.



Parei no topo para esperá-los e me refazer, já que eu tremia de tanto esforço. Mas fiquei feliz de ter conseguido. Só faltaria subir a última serrinha, caindo já em Guaratiba.



Em Grumari, os paralelepípedos me sacudiam inteira e logo pulei para a 'ciclovia' de terra. Na serrinha, o negócio ficou preto, e arreguei na última curva. Para subir aquilo ali com minha speed, ainda tenho que comer muito arroz com feijão.

O jeito foi empurrar o último trecho. Não me importei nem um pouco. Já tava feliz de ter subido Grumari com ela. Na descida, encontramos Denise com uma turma, vindo pela trilha que vai de Vargem Grande até Ilha de Guaratiba.



Nosso esforço foi recompensado com muitas casquinhas de siri, polvo à vinagrete (nunca comi um tão macio...), camãrões no bafo e pasteizinhos. Fechamos com docinhos. Eu fui de duas palhas italianas, para protestos de Gafanhoto. "Docinho de pobre, tem biscoito maizena dentro!"



Até o vento ficou intimadado com nosso alto astral e nos deu uma colher de chá. A volta foi molezinha, sem vento, sem incidente, sem nada. Pegamos o Joá já a noite, o que adoro. Não sei o que é mais bonito: a vista da cidade iluminada pela lua ou pelo sol.



E o finde terminou assim. Um belo dia de sol, pedal pelas paisagens mais lindas do Rio e um almoço delicioso na companhia de pessoas queridíssimas.

E assim sigo levando a vida: fazendo de cada dia, um dia espetacular. Sempre, todos dos dias.

2 comentários:

  1. quando chego a barra de guaratiba, paro no maximo por 15 minutos, depois volta rapida...

    http://www.flickr.com/photos/roney/

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  2. Muito maneiro! Tô querendo fazer um passeio desses, mas também tenho uma speed. Agora que vc fez me deu mais coragem.

    Onde fica esse restaurante que vc come em Barra de Guaratiba?

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