sábado, janeiro 31

1º rolé com Briggitte

Levei Briggitte para passear e ela se comportou muito bem. Atraiu alguns olhares de esguelha e muitos diretos mesmo, mas fazer o quê né? Bonita do jeito que é, tem que se acostumar com o sucesso e o assédio.

Programa melhor para testar sua versatilidade, impossível: fomos ao Teatro do Leblon, nós duas. Em plena sexta à noite, a Conde de Bernadotte estava lotada de pessoas bonitas e cheirosas e o teatro bombava.

Fui ver a peça "Ensina-me a viver", com Gloria Menezes e Arlindo Lopes. A galeria recebia muitos globais. Entrei com Briggitte e tudo pela galeria adentro. Fiquei na fila com ela do meu lado, comportada, apesar de algumas pessoas ficarem olhando esquisito e fazendo cara feia.



Fiquei bolada achando que alguém ia reclamar de eu estar ali com ela. Mas que nada! Charmosa como é, Briggitte ganhou a simpatia dos seguranças, que queriam logo arrumar um cantinho pra ela dentro do teatro e carregá-la (acho que eles estavam curiosos pra vê-la de pertinho).

Ela ficou dobradinha num canto perto da sala, enquanto eu ia ver a peça. Me atrapalhei um pouquinho para desmontá-la, afinal era a primeira vez.

Na peça, Gloria fala que as pessoas se enganam tanto, achando que tudo são delas, que são donas de alguma coisa. As coisas simplesmente surgem e não podemos dar as costas a elas. Dizer 'coisinhas vão embora' e deixá-las desamparadas.

E que ninguém é 'dono' de nada, apenas 'cuidamos' das coisas. Só isso. E foi assim com Briggitte. Ela estava tão tristinha ali, naquela loja, pestanas baixas, me pediu (eu juro que ouvi) pra eu levá-la comigo. Para levá-la para passear, e ter paciência, eu que gosto de velocidade, pois ela anda devagarinho...

E foi assim que a adotei. Foi paixão à primeira vista. Amei-a profundamente desde o primeiro momento em que a vi e ai de quem rir dela, pobrezinha, tão pequenina.

Gaúcho mal acreditou quando me viu, gabola que só, empinada com Briggitte. Ria à beça, mas foi logo dar uma voltinha nela. Mestre Gafanhoto levou um susto, e disse que nós duas passeando no Leblon parecíamos saídas de um comercial de margarina, aqueles com famílias felizes.

Mas vamos ao lado prático: Briggitte cabe em qualquer lugar, pois onde não houver onde pará-la, é só desmontar, como no teatro. Ela cabe inteirinha no elevador do meu prédio, sem eu precisar levantá-la. É leve, compacta. E possui bagageiro, no qual meu alforje da Deuter coube como uma luva. Além disso, custa muuuuuito menos que a Margot.

Por isso, para os meus pequenos deslocamentos urbanos, atende muito bem. E além de tudo, ela é liiiiiiiiiiiiiiiiiinda.

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