terça-feira, janeiro 20

PEDAL DE FERIADO



Dizem que hoje é dia de um tal aí de Sebastião. Eu não sei não. Pra mim, dia 20 de janeiro é sempre dia de mammy. Todo ano, no mesmo dia, é sempre niver dela. Então o dia é mais dela do que dele.

Mas hoje não pude comemorar, vou desfalcar o almoço de família em churrascaria. Tenho que trabalhar, mesmo sendo feriado. Agruras de jornalista. Mas não me importo, não. Já matei as saudades dela no domingo. Ela me disse que gostou do presente, vai usar hoje. E desde que antes do trabalho eu aproveite o dia lindo que está lá fora, vou muito feliz, obrigada.

E como meus dias começam CEDO, MUITO CEDO, ou melhor, ainda de noite, isso não é difícil. Às 4h45 já estava de pé. A idéia era subir Paineiras, tomar duchão, comer pão de queijo com a Daiana no Alto, descer pela Vista Chinesa e tomar café (ou seria brunch?) no Parque Lage. E às 12h no Leblon, para mais um dia 'normal'.

Escolhi fazer o mesmo trajeto de sábado. Pela primeira vez, gostei de uma subida. Quem me conhece ciclisticamente sabe o quanto eu DETESTO subidas. Por isso estranhei a sensação que tive há dois dias atrás.



Não entendi o que houve. E quis repetir a dose hoje para ter certeza do que estava acontecendo: eu GOSTEI de subir. Como assim? Bem, não sei explicar. Mas foi isso mesmo que aconteceu.

Meus joelhos estão melhores e me empolguei, mal conseguia esperar o grupo. Decidi que vou subir lá pelo menos uma vez por semana. Bom pra treinar subidas mais longas e menos íngremes, para as viagens.

Hoje me deixaram comer pão de queijo no postinho e detonei logo dois. Lá, speedeiros de botinhas coloridas, combinando com as bikes e as roupas, borbotavam por todos os lados.

Chegando ao Parque Lage, a formação tripla de sempre. Pedimos ao guardinha pra entrar com as bikes, empurrando. Não é permitido pedalar lá dentro.



Ao chegar no casarão, surpresa: não podíamos entrar lá, pra tomar café (ou brunch?) no Café Du Lage. Punhados de casais entrando com carrinhos de bebês trambolhentos que ocupavam duas vezes mais espaço que nossas bikes, mas nós fomos barrados.

Quem diria, um parque público, que teoricamente deveria ser amigável e convidativo, simpático a transportes alternativos que não poluem, além de ser uma forma de atividade física, tão propícia ao local...

A administração do parque nos disse que deveríamos deixar as bikes no bicicletário, caso quiséssemos comer por lá. Mas esqueceu de nos avisar que o dito ‘bicicletário’ além de ser ao lado da entrada, facilmente acessível a qualquer um que passe na rua, está caindo aos pedaços, literalmente. Era só um amontoado de ferro velho retorcido com uma plaquinha gabola da Prefeitura do Rio.



Rumamos para o Cafeína, do Leblon. Mesinhas na calçada, bikes encostadas na árvore, sombrinha e a fresca da praia, pessoas bonitas e chiques e limpas e cheirosas que acabaram de acordar tomando seu café da manhã. E nós, depois de rodar alguns quilômetros, já suados, fedidos e descabelados (quem tem cabelo, digo), ali, nos esbaldando com guloseimas e sucos e cappuccinos.



Oh, que vida dura. Nem dá pra reclamar de ter que trabalhar no feriado, dá?

Um comentário:

  1. Tais! Aqui e a Renata, ex do Henrique...adorei seu blog, entrei pelo msn!
    Gostei muito da maneira que vc escreve, bem bacana!
    bjs

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