
No táxi, fui imaginando como seria subir aquele rua de bike: seria uma verdadeira escalada. A casa ficava no alto de uma ladeira traiçoeira lá em Laranjeiras, e nos esperava para a festa do ano: aniversário de Mestre Gafanhoto.

Cicloturistas do Rio de Janeiro compareceram em peso, todos à paisana. Ninguém teve a idéia de ir de bike, que ironia.

A noite começou tímida e a galera foi chegando, chegando, chegando. Quitutes deliciosos, boa música, o suficiente para fazer ciclistas ‘sairem do armário’, digamos assim.

E claro, não podia deixar de faltar a conchinha, ou melhor, um abraço coletivo no aniversariante, comigo ‘esmagada’ no meio.

Fim de festa com pés em frangalhos de tanto pular e o chão da minha sala tomado pelos presentes de Gafanhoto. No final da noite, já amanhecendo, levamos tudo para lá: bebidas, comidas, presentes.

O dia seguinte não foi de bobeira: sobrou muita comida e bebida, que terminamos de levar para o quartel-general dos Intrépidos, ou melhor, a sede dos Intrépidos S.A., ou melhor, a minha casa.

Não sei como coube tanta gente lá, e tanta bebida na minha geladeira, só sei que o enterro dos ossos foi lá em casa, com mais vinho, mais cerveja, mais comida e mais conchinha coletiva, com ciclistas sendo arrastados à força, todos para cima da cama! Ufa, assim não há ciclista que agüente.
E nem vou gastar mais saliva, digo, mais caracteres tentando falar da festa. O astral era indescritível e sensação de que a bike nos ligava de forma irremediável estava por toda a parte.
Laços que se criam assim, em meio a tantas emoções misturadas, em meio a dor, a medo e superação, são muito difíceis de se quebrar. E assim como as bicicletas, os ciclistas também têm relações e correntes que precisam ser tratadas com todo carinho.

Senti um clima...
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