segunda-feira, março 30

TRIBO DO PEDAL: A EVOLUÇÃO (2ª parte)

"Depois de alguns domingos, o inevitável acontece: ‘septicemia do pedal’. É incontrolável. Primeiro é tomado o sangue, que borbulha nas veias. Depois o coração, com palpitações em ritmo de alto giro.



É a fase da paixão. Começa a sede por participar dos trajetos de sábado e das viagens.



Alguns, nessa fase, inventam pretextos os mais banais para cortar a mesada da criançada só para colocar aquele ciclocomputador que informa temperatura, pressão, umidade do ar, direção e intensidade do vento, batimento cardíaco e data e hora do próximo eclipse solar. Alguns são tão sofisticados que informam até a distância percorrida e a velocidade instantânea do ciclista. Vejam só vocês...



Mas para os percursos de sábado há que ser aprovado na temida Paineiras, desvendando os insondáveis mistérios da tenebrosa Floresta da Tijuca (Maestro, som de suspense, por favor. O quê? Tá, tá bem, pode ser “A Cavalgada das Valquírias”. Diabo de sonoplasta que só tem esse CD...).



Aí, superado esse obstáculo, é que o bicho começa a pegar. A tara que se resumia ao pedal por distâncias mais longas se expande para as ladeiras. Paineiras vira ‘fichinha’.



Vêm o Sumaré, a Vista Chinesa e as Canoas. Parque da Cidade e Serra da Tiririca, em Niterói, se seguem. Então, por fim, a obsessão pela Pedra Bonita, barreira quase intransponível em que a bike, como um corcel bravio, insiste em empinar a cada estocada no pedal, e diante da qual muitos, mesmo os mais indômitos, acabam sucumbindo. A esses já se pode chamar de CACIQUES."

Um comentário:

  1. PQP, Thaís. Como você escreve bem. Eu quero ser que nem você quando eu crescer, de bike e de texto. Beijos.

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