sábado, março 14
PEDAL VERDINHO: Paineiras, Alto da Boa Vista, Furnas, Joá, Canoas e Vista Chinesa
Hoje era dia de pedal verdinho. O plano era subir Paineiras, lá em cima decidir para onde seguir, e no final, almoço em algum lugar gostoso.
Em homenagem à Floresta, fui com blusa verdinha que mammy deu. Até fiquei parecendo ciclista de verdade, vê se pode.
Já chego lá em boa companhia: escoltada de casa até Laranjeiras pela ‘Santíssima Trindade’. Lá Dr. Carmelo Boticão de camisa igual que mammy deu. Parzinho de jarras, formamos a Equipe Limão.
Hoje era a estréia oficial do clipe. Afinal, rolé noturno pela orla não conta. Estava ansiosa para subir, queria testar o quanto ia ganhar andando clipada. Já no início da Rua Alice, surpresa. O clipe não era nada do que me disseram.
Era muito mais! Dá para estimar, sem exagero, que ganhei 50% de desempenho nas subidas, quiçá nas retas. Quem me conhece ciclisticamente sabe que não gosto de subir e o quanto tenho dificuldade, então pode imaginar o que isso significa para mim.
Eu subia com uma facilidade assustadora. E de um jeito que nunca havia subido na vida. Rápido, com constância, uma pedalada firme e vigorosa, sem o menor esforço para meus briochinhos.
Pausa para duchão e encontramos mais intrépidos: alguns que já nos esperavam lá e outros dois que nos alcançaram, saíram mais tarde por problemas mecânicos.
Subir se tornou fácil e comecei a me sentir segura e forte. “Assim subo qualquer coisa”, pensei. E aconteceu uma coisa muito estranha: aquele meu pavor de subidas, que sempre tive, desde o primeiro pedal, foi sumindo, sumindo, sumindo.
Aquela vozinha lá no fundo que fala assim, até hoje, toda vez que vejo o topo de uma montanha “Thais, Thais, você não vai conseguir chegar lá, vai não vai aguentar”, se calou. Não escutei mais nada.
Tanto, mas tanto, que quando o povo chegou no postinho do Alto da Boa Vista e quis descer para a Barra por Furnas, só para subir Joá, fui numa boa. E quando cogitaram em São Conrado subir Canoas, brotou um amarelo lá dentro do meu vermelho.
Parte optou voltar pela Niemeyer mesmo, e parte rumou para Canoas. Alguns partiram conosco no grupo inicial, outros fomos encontrando pelo caminho. Sempre costumamos arrebatar mais ciclistas por onde passamos.
O monstrengo Canoas não era nada daquilo que imaginei. Já falei aqui que subir Canoas foi meio traumático para mim, e não vou falar de novo não. Aos curiosos: leiam a postagem de quarta-feira passada!
Subi bem, cansada, óbvio, mas de forma constante e regular. Isso me impressionou. De lá nos separamos: parte do grupo rumou para o Alto da Boa Vista, e parte para a Vista Chinesa, para onde subiríamos um pouco mais. Perto da Vista, perco um parafuso do meu taquinho direito. Não devo ter apertado direito, mulheres.
Descida e almoço-degustação no Da Graça, no Horto, com nossa costumeira configuração ímpar. Pizza de tapioca com carne-seca, kaftas de cordeiro com coalhada seca, e para fechar, cabrito (que nem berrou) com arroz de ervas e farofa de cream cracker. De sobremesa, brigadeiros do Couve-Flor. Inusitado e gostoso. Tão gostoso quanto pedalar clipada.
* Fotos da postagem gentilmente cedidas por Bicudo
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Muito bacana seu blog,... parabéns!!
ResponderExcluirVou deixar o meu pra você, caso queira conhecer um pouco das paisagens próximas a Curitiba.
http://caminhosehistorias.blogspot.com/
Um abraço,
Márcio